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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Alertas do Google Acadêmico (2)

RAMOS, Francisco Régis Lopes. José de Alencar e a operação historiográfica: fronteiras e disputas entre história e literatura. História da Historiografia, Ouro Preto, n. 18, agosto, 2015, p. 160-177.

RESUMO

Com base nas interrogações de Michel de Certeau sobre a “operação historiográfica”, este artigo examina os modos pelos quais José de Alencar procurou dar legitimidade ao seu modo de fazer do passado um objeto de conhecimento. Compreende-se, desse modo, que os romancistas assumiram, também, a tarefa de compreender o passado. E, além disso, ou subjacente a isso, passaram a rivalizar com a suposta circunscrição que os historiadores foram estabelecendo. Pretende-se abordar como a escrita de José de Alencar faz parte dessas tensões que ganharam mais força a partir do século XIX, transformando a história no “outro” da literatura, e a literatura no “outro” da história. Serão analisados certos confrontos entre história e literatura, levando-se em consideração que as lutas pelas fronteiras entre ambas fazem parte da própria legitimidade que a escrita da história vai constituindo para si mesma. Serão feitas algumas comparações entre a escrita de José de Alencar e a de outros romancistas, no sentido de mapear disputas e na perspectiva de perceber como a literatura foi se afirmando como o “outro” da “escrita da história”.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Alertas do Google Acadêmico (1)

GOMES JÚNIOR, Guilherme Simões. Mal de Nabuco: paisagem, crônica e crítica. Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 27, n. 2, 2015.

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RESUMO

Nos paradoxos do nacional e do estrangeiro que marcaram o modernismo, o mal de Nabuco foi uma espécie de emblema com alto teor de significação cultural. Quase sempre é tratado sob a ótica da importação em matéria artística ou literária, mas pouco se fala do problema da paisagem e do fundo histórico, que estão no centro do que Nabuco exprimiu na famosa passagem de sua obra. Este é o primeiro prisma do artigo, que gira em torno do valor de ancianidade na experiência da paisagem, que se desdobra em reflexão sobre o papel da crônica de viagem na transfiguração real e imaginária do Brasil, na primeira metade do século xx. Por fim, o artigo trata da crítica e, sobretudo, da maneira como a geração lidou com a atração do mundo e o desejo da originalidade cultural brasileira.