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domingo, 1 de julho de 2012

ÚLTIMA PÁGINA

Clidenor Freitas reuniu neste livro trabalhos de natureza vária - a mensagem espiritual e afetiva dirigida aos filhos no dia em que concretizava a idéia e o sonho de dotar Teresina com moderno sanatório de tratamento e repouso - e na carta corajosa condena o dinheiro como finalidade e destinação da vida. Estuda também as raízes históricas do latifúndio, em depoimento de erudição; considera que o nacionalismo se apóia sobre bases psicológicas; faz critica literária no melhor estilo; narra as virtudes de estadista de José Antônio Saraiva, o fundador de Teresina; demonstra que a crise do homem moderno tem relação com o processo comunicativo da televisão; expõe sobre a ciência da imunologia novas idéias; - acrescenta a essas seguras lições de sabedoria artigos de jornal, valiosos como fisionomia de uma sociedade que agoniza afundada nos seus próprios erros e contrastes.

Este livro, editado pela Academia Piauiense de Letras, homenageia a passagem dos 441 anos do nascimento de Miguel Cervantes Saavreda, o genial criador do Dom Quixote, o livro que resume a lição das mudanças sociais, de crítica aos costumes e dos conselhos da experiência objetivo em favor do homem.

No autor não se encontra somente o cientista. Nele se alteiam também sentimentos de apurada sensibilidade, bom gosto, linguagem simples, mas castigada de asseio, elegante, como soem cultivar bem o vernáculo os doutores na arte de curar os males do corpo e do espírito.

Numa existência de lutas contínuas em benefício coletivo, Clidenor nunca esqueceu os deveres de alimento dalma, a leitura, que lhe doura e incentiva a inteligência, para conceber e criar - assim da forma que a vida, para ele, se torna bruta e intolerável quando não tocada pela imaginação.

Estas páginas constituem documento crítico e literário, - um documento revelador de incontestável cultural humanística - a amplitude, a profundidade e o sentido das belas letras que ele tem cultivado.


In, FREITAS, Clidenor. Ideologia e Circunstância. 2 edição, Teresina: Academia Piauiense de Letras / Projeto Petrônio Portella, 1988. p. 185.

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